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CBOT Dispara Após Relatório do USDA

USDA divulga estoques finais dos USA menores que o esperado, o mercado reage rapidamente e a bolsa está em alta na soja e milho e o trigo sente o reflexo e cai.

Imagem gerada por inteligência artificial.

O USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) divulgou seu novo relatório mensal de oferta e demanda nesta sexta-feira (10), apresentando dados que surpreenderam todas as expectativas do mercado. Como resultado, os mercados explodiram na Bolsa de Chicago, com os futuros da soja e do milho subindo mais de 3% na tarde de hoje, enquanto o trigo sentiu o reflexo e caiu.


Relatório de Oferta e Demanda da Soja



Soja USA


Os estoques finais de soja dos EUA foram estimados em 10,34 milhões de toneladas, contra 12,8 milhões do boletim de dezembro. O USDA também reduziu a safra norte-americana da oleaginosa de 121,42 para 118,84 milhões de toneladas, mantendo as exportações em 49,67 milhões e o esmagamento em 68,7 milhões.


Soja no Mundo


A produção mundial de soja também foi revisada para menos, passando de 427,14 para 424,26 milhões de toneladas, reduzindo os estoques finais de 131,87 para 128,37 milhões de toneladas. A safra de soja do Brasil foi estimada em 169 milhões de toneladas e a da Argentina em 52 milhões. As importações de soja da China são esperadas pelo USDA em 109 milhões de toneladas para a safra 2024/25.

  • Brasil: 169 milhões de toneladas

  • Estados Unidos: 118,84 milhões de toneladas

  • Argentina: 52 milhões de toneladas

  • China: 20,7 milhões de toneladas

  • Paraguai: 11,20 milhões de toneladas


Exportações de Soja


As exportações totais de soja estão estimadas em 182 milhões de toneladas, sendo divididas principalmente entre Brasil, Estados Unidos e Argentina. Como principais exportadores, Brasil e Estados Unidos participarão com 85% do mercado de exportação da oleaginosa. O Brasil exportará 105,5 milhões de toneladas, representando 58% do total exportado, enquanto os Estados Unidos manterão as 49,67 milhões de toneladas previstas em dezembro. Em seguida, vêm Paraguai e Argentina com 7,3 milhões de toneladas e 4,5 milhões de toneladas, respectivamente.


Relatório de Oferta e Demanda do Milho



Milho USA


Os estoques finais de milho foram apontados pelo USDA em 39,12 milhões de toneladas, enquanto no mês passado a estimativa era de 44,15 milhões. O reporte cortou a produção de milho dos EUA de 384,64 para 377,63 milhões de toneladas. Ao mesmo tempo, o USDA trouxe um pequeno recuo nas exportações, de 62,87 para 62,23 milhões de toneladas.


Milho no Mundo


O departamento também apresentou uma estimativa menor para a safra mundial de milho, passando de 1.217,89 para 1.214,35 bilhão de toneladas, resultando em estoques finais globais de 296,44 para 293,34 milhões de toneladas:

  • Estados Unidos: 377,63 milhões de toneladas

  • China: 294,92 milhões de toneladas

  • Brasil: 127 milhões de toneladas

  • Argentina: 51 milhões de toneladas

  • Ucrânia: 26,5 milhões de toneladas

  • Rússia: 13,25 milhões de toneladas


Exportações de Milho


As exportações totais de milho estão estimadas em 191,41 milhões de toneladas, sendo divididas principalmente entre Brasil, Estados Unidos e Argentina, que participarão com 76% do mercado global de exportação de milho:

  • Estados Unidos: 62,23 milhões de toneladas

  • Brasil: 47 milhões de toneladas

  • Argentina: 36 milhões de toneladas


China


O USDA prevê que a China, líder mundial na importação de soja, reduzirá suas importações de 112 milhões de toneladas para 109 milhões de toneladas na safra 2024/2025, mantendo os estoques ligeiramente acima da safra anterior, com 46,01 milhões de toneladas. A segunda maior produtora mundial de milho produzirá 294,92 milhões de toneladas e importará apenas 13 milhões de toneladas, com estoques finais de 206,18 milhões de toneladas. A China é praticamente autossuficiente em milho e totalmente dependente da proteína da soja.


Impacto de Fenômeno La Niña na Safra da América do Sul


O fenômeno climático La Niña continua a ser uma preocupação significativa para a agricultura na América do Sul, especialmente no Brasil e na Argentina. La Niña é caracterizada pelo resfriamento das águas do Oceano Pacífico, o que pode alterar os padrões climáticos globais, resultando em secas severas em algumas regiões e chuvas excessivas em outras.


Riscos para a Safra de Soja e Milho


As previsões indicam que o Brasil e a Argentina podem enfrentar condições climáticas adversas devido à La Niña, afetando potencialmente a produção de soja e milho. Secas prolongadas podem reduzir o rendimento das lavouras, enquanto chuvas excessivas podem prejudicar a colheita e a qualidade dos grãos.


Impacto Econômico


Uma safra menor do que o esperado na América do Sul pode ter impactos significativos no mercado global de commodities. A redução na oferta de soja e milho pode levar a aumentos nos preços, afetando não apenas os agricultores, mas também os consumidores e a indústria de alimentos. Além disso, a volatilidade no mercado pode gerar incertezas para os investidores e comerciantes de commodities.


Conclusão


Enquanto o relatório do USDA trouxe dados surpreendentes que impactaram positivamente os mercados de soja e milho, o fenômeno La Niña representa um risco real para a produção agrícola na América do Sul. É essencial que agricultores e investidores permaneçam atentos às condições climáticas e às suas possíveis repercussões no mercado global de commodities.


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